PERFIL

 

Desde os 16 anos, Renata Cazzani tem um contato íntimo com a arte, por influência de Helena Cazzani, sua mãe, também pintora. Começou na arte figurativa, usando tinta a óleo para reproduzir paisagens e regatas. Em 1985, migrou para pintura abstrata, aplicando na tela colagens e materiais diversos, como jornal e areia. Poucos anos depois de sua formação em Direito pela Faculdade Candido Mendes, ingressou no curso de pintura e escultura no Ateliê Hélio Rodrigues, onde produziu suas primeiras obras em bronze.

 

Em 1988, foi estudar na Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Curso de 3D com os artistas Celeida Tostes, Avatar de Moraes, João Goldberg e Angelo Venosa. No período, produziu obras a partir de objetos estruturais como canos de PVC, tapetes emborrachados e materiais de loja de construção em diálogo com tecidos em malha e vassouras. Algum tempo depois de expor uma instalação em malha numa coletiva no Parque Lage, optou por retornar à pintura.

 

Eram os anos 2000 e a artista não largou mais a tela, tintas e pincéis. Sua primeira individual foi na Galeria Contemporânea, em 1990, com quadros mais matéricos. Ao longo dos últimos anos produziu diferentes séries de telas em que aprofunda questões de cor, grafismo e espaço, ora buscando harmonias, ora extravasando tensões e conflitos. Suas pinturas trazem embates entre construção e desconstrução, a ordem e a desordem e entre o rigor e a improvisação, em módulos, faixas e planos de cores. Ou como escreveu o crítico de arte Masao Kamita: a possibilidade da arte no real contemporâneo.

 

Realizou exposições em galerias, museus e centros culturais do Brasil e do mundo: Museu Nacional de Belas Artes, Anita Schwartz, Toyota Municipal Museum of Art em Toyota, Japão, Galeria de Arte Ipanema, Centro Cultural Candido Mendes Ipanema, no Rio de Janeiro, Mônica Filgueiras Galeria de Arte, em São Paulo, para citar algumas. Fora do Brasil, participou de coletivas em Nagoya, Nova Iorque e Londres.

 

Atualmente, os principais suportes que utiliza são telas de chassis em madeira com espessuras diferentes e tinta acrílica sobre tela e sobre papel.

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"Pintar é se sentir fora de um contexto"